Daí você chega no trampo com aquela cara fechada, uma roupa de combinação duvidosa, olheiras, meio descabelada, dá um bom dia meio abafado e só quer entrar na sua sala, sentar e ficar quietinha.
Mas, não.
Vem alguém e pergunta:
- Você está mal humorada?
Como você de fato está mal humorada e pretende encurtar ao máximo aquela possível conversa, logo responde:
- Não!
E o ser insiste:
- Ah! Está sim. Eu te conheço. Que aconteceu?
Você, sabe o que aconteceu, que está realmente mal humorada, mas quer ficar no seu canto, sem ninguém atazanando a sua vida. Então novamente responde:
- Nada. Está tudo bem.
Nessa altura a pessoa já está quase te abraçando, trazendo chá, com dó das suas roupas esquisitas, e percebendo a noite mal dormida. Você só queria ficar quietinha no seu canto, mas existe algo no ser humano que é maior que a capacidade do silêncio...
- Ahhhh! Fica assim não. Vai dar tudo certo. Não precisa ficar triste.
(Aí você se liga que as pessoas confundem tudo. PORRA! Eu só tive uma noite muito mal dormida! Só me deixar em paz. Não existe tristeza, nem nenhum outro sentimento nobre para encobrir é simples mal humor.)
Qual o problema das pessoas?
Não tem coisa pior do que você estar fervilhando por dentro, e visivelmente por fora e alguém perguntar:
- Tá brava?
- Não! Estou testando minha melhor pose para o meu book.
ARRRGHHH!
Deixem-me em paz. Estou mal humorada! E só! Ok?
2 comentários:
e eu que achei que era incompreendida.
obrigada!
tamo aí, n'atividade!
Postar um comentário